Os soldados do Exército que moram em alguma das comunidades do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, não participaram da ocupação de domingo (28). De acordo com o Major Fabiano Lima de Carvalho, Relações Públicas da Brigada de Infantaria de Paraquedistas do Exército, antes das ocupações começarem, foi feita uma pesquisa para identificar quais militares moram em comunidades da Penha.
Estes soldados estão trabalhando no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Norte. Outros soldados estão no 25º e 27º Batalhão.
Segundo um soldado que está de plantão nesta sexta-feira (3) no Alemão e não quis se identificar, tomada para evitar retaliações de criminosos aos militares não está funcionando. “A pesquisa foi feita e eles não estão nas ruas, mas a medida não está impedindo as retaliações”, afirmou o militar.
Ainda de acordo com ele, familiares de colegas foram ameaçados. “Criminosos que fugiram do Alemão procuraram a mãe de um amigo para intimidá-lo. Perguntaram se ele ainda estava servindo. Ela ficou desesperada. Nem queria que o filho voltasse para casa”, revelou o amigo.
Exército investiga militares ameaçados em favelas
O Exército confirmou ter recebido denúncias de militares, que moram em favelas, e estariam sendo ameaçados por traficantes.
Segundo o general Adriano Pereira Junior, do Comando Militar do Leste, está sendo feito um acompanhamento das ameaças sofridas por militares e seus familiares depois da ocupação do Alemão.
"Tudo é muita encenação. Eles não vão atacar as famílias. Estou certo de que as tropas estão fazendo um trabalho correto", afirmou Pereira Júnior, ressaltando que o setor de inteligência do Exército está atuando no caso.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário