Cerca de 65,5 milhões de pessoas em todo o Brasil vivem em situação de insegurança alimentar, segundo dados do suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 sobre Segurança Alimentar, divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número corresponde a 34,2% da população.
A pesquisa, que abrangeu 58,6 milhões de domicílios, foi realizada em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Do total de domicílios pesquisados, 40,9 milhões (69,8%) estavam em situação de segurança alimentar. Neles moravam 126,2 milhões de pessoas, o equivalente a 65,8% dos moradores em domicílios particulares do país.
Nos 17,7 milhões de domicílios particulares restantes (30,2%) foi registrado algum grau de insegurança alimentar, neles viviam cerca de 65,6 milhões de pessoas.
Em 2004, esta prevalência era maior, 34,9% dos domicílios particulares registraram alguma restrição alimentar ou, pelo menos, alguma preocupação com a possibilidade de ocorrer alguma restrição devido à falta de recursos para adquirir mais alimentos.
Em 2009, a prevalência de domicílios com pessoas em situação de insegurança alimentar leve foi estimada em 18,7%, ou, em números absolutos, 11 milhões de domicílios, onde viviam 40,1 milhões (20,9% da população residente em domicílios particulares). A proporção de domicílios particulares com moradores vivendo em situação de insegurança alimentar moderada foi de 6,5% (equivalente a 3,8 milhões). Nestes lares, existiam 14,3 milhões de pessoas (7,4% dos moradores) convivendo com limitação de acesso quantitativo aos alimentos. Do total de domicílios, 5% (2,9 milhões) foram classificados como insegurança alimentar grave, restrição alimentar na qual para pelo menos uma pessoa foi reportada alguma experiência de fome no período investigado. Esta situação atingia 11,2 milhões de pessoas (5,8% dos moradores de domicílios particulares).
Em 2004, as prevalências de domicílios com moradores em insegurança alimentar leve, moderada e grave eram, respectivamente, 18%, 9,9% e 7%. Estes domicílios continham 20,3%, 11,3% e 8,2% dos moradores de domicílios particulares. Portanto, houve crescimento do percentual de insegurança leve e redução dos percentuais de insegurança alimentar
moderada e grave.
Fonte:G1
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