A enfermaria número 3 do Hospital Promater, em Natal, abriga um herói. Um herói que resistiu ser levado por mais de quatro horas por força das águas e, ferido, andou mais de 10 quilômetros para pedir por socorro. O preparador físico Edson José de Barros Filho, 43 anos, viveu, nas suas palavras, um “milagre” e mesmo após “desistir de lutar” conseguiu se salvar da tragédia particular. Ainda se recuperando dos ferimentos, Edson recebeu a equipe da TRIBUNA DO NORTE e relatou como foi capaz de sobreviver mesmo quando tudo apontava para a morte.
Acompanhado da esposa e do cunhado, o preparador físico conversou por vinte minutos com a reportagem. Com a cabeça enfaixada e escoriações por todo o corpo, com marcas roxas e arranhões – fazendo-o parecer que havia enfrentado a própria via crucis -, Edson estava feliz. Feliz apesar do medicamento para o tratamento da costela fraturada que o fazia ter náuseas. Feliz porque, apesar de tudo, estava vivo. Com o estado de saúde estável, ele recebeu alta ainda ontem.
O profissional esclareceu porque queria voltar para Natal mesmo enfrentando as fortes chuvas. “Havíamos voltado de um amistoso perto de Mossoró. Mesmo com a chuva, vi que tinha condições de voltar e queria fazer isso porque tenho um filho pequeno aqui na cidade”, disse Edson enrolado no lençol branco e aguardando o término da conversa para trocar os curativos.
Ele esclarece que um carro à beira da ponte sob o riacho sem nome, onde posteriormente ele cairia, fazia sinais para que não passasse, mas ele interpretou de modo diferente. “Pensei que eram assaltantes e não parei. Vi que dava pra passar, mas foi tudo muito rápido. Quando vi a água estava nos levando e já tinha tirado meu cinto para deixar o veículo”.
Edson contou que quando tentou sair do carro, colocou os pés no asfalto, mas foi logo levado. “Entrei em um redemoinho e fui sendo levado em meio a pancadas”.
As pancadas a que se referiu eram as perfurações por arames farpados encontrados nas cercas no terreno próximo. “O arame e os espinhos entravam no meu braço e nas minhas costas. Ainda tentei tirar todos. Depois desisti”.
O preparador físico, que não sabe nadar, ia boiando enquanto era levado pela correnteza. “Botava galhos nas costas para me apoiar melhor. Até que às 5h consegui botar o pé no chão”.
Após quatro horas e meia sendo levado, Edson decidiu descansar. “Estava em uma margem, mas logo comecei a cuspir sangue e percebi que aquilo não era bom sinal. Comecei a andar a procura de ajuda”.
Ele andou por cerca de 10 quilômetros até encontrar um casal próximo a um sítio, que prestaram socorro.
“Estava arrebentado e os primeiros socorros foram prestados lá em Tangará. Fui transferido para Natal e agora descanso aqui”.
Edson se considera um vitorioso. Evangélico, ele rezou diversas vezes no trajeto de sofrimento e credita a vitória a Deus. “Ele me salvou e permitiu que tudo desse certo”.
Envolvido com futebol em toda a vida, a vítima da última segunda-feira foi jogador de futebol por quinze anos e a menos de um mês trabalhava na equipe do Santa Cruz.
O preparador físico não estará a disposição da equipe no começo do campeonato estadual, no dia 30 de janeiro. Mas promete empenho na recuperação para voltar ao trabalho. “O médico pediu 25 dias de descanso por causa da costela. Mas ficarei mantendo contatos e assim que possível estarei ao lado dos companheiros, que tanto me ajudaram nesses momentos difíceis”, concluiu.
Acompanhado da esposa e do cunhado, o preparador físico conversou por vinte minutos com a reportagem. Com a cabeça enfaixada e escoriações por todo o corpo, com marcas roxas e arranhões – fazendo-o parecer que havia enfrentado a própria via crucis -, Edson estava feliz. Feliz apesar do medicamento para o tratamento da costela fraturada que o fazia ter náuseas. Feliz porque, apesar de tudo, estava vivo. Com o estado de saúde estável, ele recebeu alta ainda ontem.
O profissional esclareceu porque queria voltar para Natal mesmo enfrentando as fortes chuvas. “Havíamos voltado de um amistoso perto de Mossoró. Mesmo com a chuva, vi que tinha condições de voltar e queria fazer isso porque tenho um filho pequeno aqui na cidade”, disse Edson enrolado no lençol branco e aguardando o término da conversa para trocar os curativos.
Ele esclarece que um carro à beira da ponte sob o riacho sem nome, onde posteriormente ele cairia, fazia sinais para que não passasse, mas ele interpretou de modo diferente. “Pensei que eram assaltantes e não parei. Vi que dava pra passar, mas foi tudo muito rápido. Quando vi a água estava nos levando e já tinha tirado meu cinto para deixar o veículo”.
Edson contou que quando tentou sair do carro, colocou os pés no asfalto, mas foi logo levado. “Entrei em um redemoinho e fui sendo levado em meio a pancadas”.
As pancadas a que se referiu eram as perfurações por arames farpados encontrados nas cercas no terreno próximo. “O arame e os espinhos entravam no meu braço e nas minhas costas. Ainda tentei tirar todos. Depois desisti”.
O preparador físico, que não sabe nadar, ia boiando enquanto era levado pela correnteza. “Botava galhos nas costas para me apoiar melhor. Até que às 5h consegui botar o pé no chão”.
Após quatro horas e meia sendo levado, Edson decidiu descansar. “Estava em uma margem, mas logo comecei a cuspir sangue e percebi que aquilo não era bom sinal. Comecei a andar a procura de ajuda”.
Ele andou por cerca de 10 quilômetros até encontrar um casal próximo a um sítio, que prestaram socorro.
“Estava arrebentado e os primeiros socorros foram prestados lá em Tangará. Fui transferido para Natal e agora descanso aqui”.
Edson se considera um vitorioso. Evangélico, ele rezou diversas vezes no trajeto de sofrimento e credita a vitória a Deus. “Ele me salvou e permitiu que tudo desse certo”.
Envolvido com futebol em toda a vida, a vítima da última segunda-feira foi jogador de futebol por quinze anos e a menos de um mês trabalhava na equipe do Santa Cruz.
O preparador físico não estará a disposição da equipe no começo do campeonato estadual, no dia 30 de janeiro. Mas promete empenho na recuperação para voltar ao trabalho. “O médico pediu 25 dias de descanso por causa da costela. Mas ficarei mantendo contatos e assim que possível estarei ao lado dos companheiros, que tanto me ajudaram nesses momentos difíceis”, concluiu.
TRIBUNA DO NORTE
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